Os "dez alertas" de Vicky Dávila sobre o que ela chamou de "tentativa de ditadura do presidente Petro". Por que ela diz isso?

A candidata presidencial Vicky Dávila compartilhou um vídeo no qual afirma que o presidente Gustavo Petro está levando o país em direção a um sistema ditatorial, que ela descreveu como um "plano macabro, sem democracia e sem liberdade".
Por isso, o jornalista sustenta que o mandato do governo Petro deve terminar em 7 de agosto de 2026, sem opção de reeleição.
Os ‘avisos’ levantados por Vicky Dávila O jornalista aborda as eleições presidenciais, o acordo bilateral com a Venezuela, a situação com os Estados Unidos e muito mais:

Vicky Dávila, candidata presidencial. Foto: X: @VickyDavilaH
- "Ele criou um ambiente perigoso contra a oposição ": ele aponta que o presidente usou termos depreciativos e acusa o governo de fomentar um ambiente hostil. Ele afirma que "Petro é politicamente responsável" pelo ataque ao candidato presidencial Miguel Uribe.
- "Ele está entregando parte da soberania da Colômbia a Nicolás Maduro ." Segundo ela, o presidente está cedendo território na chamada zona binacional com a Venezuela. Ela acrescenta que "Maduro é o líder do ELN e o dono do negócio de cocaína naquela região do país".
- "Ele ameaça fechar a mídia ": A candidata afirma que Petro emitiu alertas à imprensa, denunciando seu governo e dando espaço à oposição. "Petro, descaradamente, conquistou amplos espaços em canais de televisão públicos e privados, como um verdadeiro Chávez. Petro é Chávez; ele quer uma imprensa de joelhos."
- " Ele proibiu a venda de carvão da Colômbia para Israel ": Dávila destaca que, além disso, o presidente Petro ameaça as empresas "dando-lhes a ordem alarmante de interceptar navios que transportam carvão com destino a Israel".
- " Ele põe em dúvida o sistema eleitoral ": a jornalista afirma que é o mesmo que o elegeu presidente e lhe deu todas as garantias. "Sim, haverá eleições, e serão livres e democráticas", afirmou.
- " Ele está pressionando a Justiça ": o candidato diz que o presidente "ameaça juízes e promotores de forma ameaçadora... Ele dá ordens de promotor de bolso em público."
- " Ameaçando o Congresso por não aprovar suas reformas": Dávila declara: "Em um país que acabou de silenciar as urnas em plena campanha presidencial, sem dúvida fizeram um favor a Petro para que os colombianos ficassem sem informação, para que ficassem no escuro."
- "Ele empoderou os criminosos ": Segundo ela, o presidente Gustavo Petro permitiu que o crime prosperasse e amarrou as mãos das Forças Armadas. "Petro luta para libertar os traficantes de drogas. Ele constantemente clama por caos e desordem, por sindicatos, por comunidades indígenas. A simpatia deste governo pelos criminosos é inegável", diz ela, observando que "os protestos na plataforma de Alpujarra confirmaram isso".
- "Ele sequestrou o orçamento ": o candidato afirma que o presidente se apropriou do "sistema de saúde de pelo menos 30 milhões de colombianos". Dávila fala sobre pensões e o "fantasma do apagão".
- "Os colombianos estão mais pobres do que nunca": a jornalista ressalta que o medo dos traficantes de drogas está crescendo em muitas regiões. "Enquanto isso, a Petro comprometeu seriamente nossas relações com os Estados Unidos", observa.
Esta é a ditadura que o Petro quer nos impor. Não permitiremos. Ela avança rápida e seriamente: perseguição à oposição, uma zona binacional com o narcoditador Maduro, ameaças de fechamento de veículos de comunicação, empoderamento de traficantes, enfraquecimento das forças públicas... pic.twitter.com/LQKE1BADGn
- Vicky Dávila (@VickyDavilaH) 25 de julho de 2025
O presidente Gustavo Petro disse que "uma zona binacional não significa abrir mão da soberania da pátria; significa criar condições sociais e econômicas que permitam que dois povos, com sangue e história comuns, prosperem".
Para o presidente colombiano, a verdadeira perda de soberania ocorre quando máfias estrangeiras e nacionais dominam a população da fronteira com "armas e terror ".

Assinatura do memorando de entendimento com a Venezuela para a criação de uma zona econômica especial. Foto: Ministério do Comércio, Indústria e Turismo
No entanto, o acordo recebeu críticas. O ex-presidente Álvaro Uribe (2002-2010) chamou o acordo assinado "com a tirania de Maduro" de "inaceitável" e afirmou em um vídeo publicado no X que ele representa "um passo à frente na rendição do país (Colômbia) à criminalidade internacional".
GERALDINE BAJONERO VASQUEZ
Jornalista Últimas Notícias do EL TIEMPO
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